Celebridades e Política: Uma Combinação Nem Sempre Vencedora
No Brasil, as eleições de 2024 deixaram claro que o reconhecimento no mundo do entretenimento não é garantia de sucesso nas urnas. Diversas personalidades famosas buscaram cargos políticos, levando suas campanhas às ruas, redes sociais e programas de televisão. No entanto, a trajetória de alguns destes famosos demonstra que a popularidade obtida nas telinhas não se traduz automaticamente em votos suficientes para ganhar uma eleição.
Marquito: O Humorista que Não Conseguiu Rir por Último
Marquito, conhecido por suas performances humorísticas ao lado de Ratinho, almejou uma cadeira como vereador em São Paulo. Porém, apesar de ter conquistado muitos sorrisos, o humorista contabilizou apenas 4.081 votos. Com este resultado, ele não assegurou uma vitória direta, mas sim uma posição como suplente, deixando suas aspirações políticas à espera de um desdobramento futuro.
Zilu Camargo: Empreendedora Busca um Espaço na Política
Outra figura bem conhecida no cenário do entretenimento é Zilu Camargo, que também tentou a carreira política. Ex-esposa de Zezé di Camargo e empresária de renome, Zilu esperava conquistar eleitores suficientes para se tornar vereadora em São Paulo. No entanto, suas 4.579 votos não foram suficientes para garantir um assento no conselho, mantendo-a como suplente.
Mario Gomes: Ator com Esperanças na Câmara do Rio
Mário Gomes, ator famoso por suas atuações em novelas, lançou-se como candidato a vereador no Rio de Janeiro. A trajetória de Gomes nos dramas televisivos não foi refletida nas urnas, e os 4.492 votos obtidos só foram suficientes para deixá-lo em posição de suplente, sem a sonhada cadeira no conselho.
Dudu Camargo: Apresentador de TV em Busca de Mudança
Dudu Camargo, conhecido por sua passagem como apresentador no SBT, também tentou a sorte na política. O jovem apresentador almejava um cargo de vereador em São Paulo, porém apenas 1.324 eleitores o apoiaram, refletindo uma batalha difícil para entrar no cenário político competitivo da cidade.
Sergio Hondjakoff: 'Cabeção' e Seu Sonho Político
Sergio Hondjakoff, o eterno Cabeção da novela 'Malhação', decidiu buscar uma nova fase em sua vida como político. Ao tentar se eleger vereador no Rio de Janeiro, o ator angariou somente 456 votos, posicionando-o como suplente e mostrando que os tempos de fama e glória precisam de um complemento para os bons resultados em política.
Babu Santana: Carisma de Big Brother Não Bastou
Com um histórico de participação memorável no Big Brother Brasil, Babu Santana depositou suas fichas na política ao disputar uma vaga na Câmara do Rio de Janeiro. Com 5.305 votos, Babu viu a eleição escapar de suas mãos, mas garantiu-se no posto de suplente, indicando que continuará envolvido com a vida pública e disposto a servir, caso surja a oportunidade.
Alexandre Corrêa: Tentativa de Ingressar na Política Paulista
O ex-marido de Ana Hickmann, Alexandre Corrêa, se lançou à política em São Paulo como candidato a vereador. Apesar de seus esforços e campanha direcionada, Corrêa conquistou 2.246 votos, quantia inferior ao necessário para se eleger. A realidade nas urnas mostrou que a fama obtida através do mundo das celebridades não sempre se converterá em capital político eficaz.
Datena: Apresentador que Não Viu a Prefeitura no Horizonte
O renomado apresentador de televisão, Datena, também se envolveu na corrida eleitoral, desta vez aspirando ao cargo de prefeito de São Paulo. Apesar de toda sua experiência em cativar o público através das telinhas, Datena obteve um quinto lugar nas eleições para prefeito, posição que o afastou do segund turno, adiando indefinidamente seu sonho de governar a metrópole paulista.
Reflexões sobre a Relação Entre Fama e Política
As experiências dessas celebridades servem para refletir sobre como a fama e o sucesso em suas carreiras respectivs podem não garantir uma mudança significativa na trajetória de quem adentra o campo político. O desafio de se adaptar às demandas de governança, conectar-se com as necessidades dos eleitores e apresentar propostas reais continua sendo uma tarefa árdua para qualquer candidato, seja ele uma figura conhecida do público ou um estreante.
A participação de tantas celebridades nas eleições de 2024 pode ter um impacto no estímulo à participação cívica, levando mais pessoas a se interessarem por assuntos políticos. Contudo, também alerta sobre a necessidade de uma preparação adequada e comprometimento genuíno com as causas e propostas defendidas.
| Celebridade | Cidade | Votos | Resultado |
|---|---|---|---|
| Marquito | São Paulo | 4081 | Suplente |
| Zilu Camargo | São Paulo | 4579 | Suplente |
| Mário Gomes | Rio de Janeiro | 4492 | Suplente |
| Dudu Camargo | São Paulo | 1324 | Não eleito |
| Sergio Hondjakoff | Rio de Janeiro | 456 | Suplente |
| Babu Santana | Rio de Janeiro | 5305 | Suplente |
| Alexandre Corrêa | São Paulo | 2246 | Não eleito |
| Datena | São Paulo | 5º Lugar | Fora do 2º turno |
12 Comentários
Bruna Bom
Famoso não é sinônimo de competente. Se o povo vota em gente que só sabe falar na TV, a gente vai continuar na mesma. Nada de novo.
Duda Carlini
É importante lembrar que política não é reality show. Quem quer mudar de verdade precisa de propostas, não de carisma. Essas pessoas merecem respeito por tentar, mas o eleitorado precisa de mais que fama.
Gustavo Domingues
Essa turma acha que o povo é bosta e vai votar em quem tem mais likes. Mas o povo tá cansado de ilusão. 456 votos pro Cabeção? Isso é o reflexo da desilusão coletiva. Eles não entendem que política é trabalho, não performance. O povo quer solução, não show.
Ana Karoline Lopes de Lima
E o povo que votou emles? Será que eles sabem que tá sendo manipulado? Tem gente que acha que é só por que aparece na TV que tá qualificado... e aí a gente tem o caos que tem hoje...
Rogerio Costa da silva
Olha, eu acho que o problema não é a fama em si, é a falta de preparo. Marquito, Zilu, Babu... todos eles têm personalidade, têm voz, têm audiência. Mas ninguém ensina eles a fazer um plano de governo, a entender orçamento público, a lidar com burocracia. A mídia só põe eles lá, faz campanha barata, e depois se espanta quando o resultado é pífio. A gente precisa de políticos com experiência, não de celebridades que querem trocar o estúdio pelo gabinete. E se alguém quiser entrar na política, que comece como voluntário, que aprenda de baixo, que ouça o povo antes de falar. Não adianta vir com o rosto na TV e achar que o povo vai se emocionar com o nome conhecido. O povo tá cansado de promessas vazias. Eles querem quem vai resolver, não quem vai aparecer.
Camilla araujo
Datena foi o único que teve coragem de tentar de verdade e mesmo assim deu ruim... isso é o fim da linha
Lilian Silva
Tá vendo? A gente sempre acha que fama = poder. Mas política é sobre escuta, é sobre ouvir o que o povo precisa, não sobre ser o mais falante da TV. Essas pessoas tiveram a coragem de tentar, e isso já é mais que muitos. Mas o povo não quer só alguém que a gente reconhece... quer alguém que entenda o que a gente vive. Se o Babu Santana teve mais votos que o Cabeção, talvez porque ele já viveu a periferia, já sentiu na pele. A fama é só o começo. O que importa é o que você faz depois que a câmera desliga.
Breno Pires
Se vocês acham que isso é coincidência, tá enganado. Esses candidatos foram todos patrocinados por grupos que querem desviar o foco da verdadeira corrupção. Eles são iscas. A mídia coloca eles lá pra desviar a atenção do que realmente importa: os bilhões desviados por políticos de verdade. Quem votou neles? Quem acredita nisso? Isso é um jogo. E o povo tá sendo usado.
Sabino Hampshire
Eu acho que a gente tá vivendo um momento histórico, mas não no sentido que a gente pensa. Não é que celebridades não devem entrar na política - é que a política precisa de novas vozes, de novas formas de conexão. O problema é que o sistema não dá espaço pra isso. O eleitorado tá cansado de discursos vazios, mas também tá cansado de gente que só fala de imposto e burocracia. O Babu Santana, por exemplo, tem uma história real, de quem viveu o que o povo vive. Ele não é um político tradicional, mas ele é humano. E talvez, só talvez, a política do futuro não seja feita por juristas e economistas, mas por pessoas que conseguem traduzir dor, esperança e realidade em palavras que o povo entende. O problema não é a fama. O problema é a falta de autenticidade. E aí, quando alguém tenta ser autêntico, o sistema o descredibiliza. Isso é triste.
Marlos Henrique
pqp pq todo mundo acha q se vc é famoso vc é inteligente? kkkkkk eu to na pior e ainda assim sei q politica n é brincadeira... esses aí só querem mais fama, nao querem ajudar ninguem... kkkkkkkkkkkkk
Flávia Ramalho
Se alguém quiser entrar na política, comece na sua comunidade. Voluntário em creche, conselho tutelar, associação de bairro. Aprenda o que é real antes de querer governar. Fama não é currículo. E quem acha que é, tá perdido.
Jurandir Rezende
A política não é um reality show. E os eleitores não são espectadores. Eles são cidadãos. E quando se trata de cidadania, a elegância não está na fama, mas na responsabilidade. O que vemos aqui é o fracasso de um sistema que permite que a imagem substitua a ideia. E isso, mais do que qualquer resultado eleitoral, é o verdadeiro desastre.