Demissão: tudo o que você precisa saber agora

Ser demitido pode ser um choque, mas entender seus direitos deixa a situação muito mais tranquila. A primeira coisa a fazer é conferir o contrato e o aviso prévio. Se a empresa não deu o aviso com antecedência, você tem direito a receber o valor correspondente a 30 dias de salário, ou mais, dependendo do tempo de serviço.

Além do aviso prévio, a lei garante a indenização de 40% do FGTS, a liberação das guias para saque do FGTS e para o seguro‑desemprego. Esses valores são essenciais para manter o fluxo de caixa enquanto você procura outro emprego.

Como calcular a sua rescisão passo a passo

Primeiro, junte seu salário base, férias vencidas, férias proporcionais e o 13º salário proporcional. Some tudo isso e aplique os descontos legais: INSS e IR (se houver).

Depois, acrescente o valor do aviso prévio (se não foi cumprido), a multa de 40% do FGTS e eventuais horas extras não pagas. O resultado é o total bruto da sua rescisão. Se ainda restarem dúvidas, vale a pena usar uma calculadora online ou consultar um advogado de trabalho.

Passo a passo para garantir o seguro‑desemprego

Com a rescisão em mãos, vá ao Ministério do Trabalho ou acesse o portal Gov.br. Você precisará do termo de rescisão, do extrato do FGTS e da carteira de trabalho. O seguro‑desemprego tem até quatro parcelas, dependendo do tempo de serviço e da quantidade de pedidos anteriores.

Não perca o prazo: o pagamento da primeira parcela só sai se o requerimento for feito até 120 dias após a demissão. Se o prazo passar, perde‑se o direito ao benefício.

Fique atento também à data de recebimento da guia de recolhimento do FGTS. Se a empresa atrasar, você pode cobrar na justiça e ainda receber juros.

Lembre‑se de que a demissão não precisa ser um ponto final. Use esse momento para analisar a carreira, atualizar o currículo e buscar cursos que aumentem sua empregabilidade. Plataformas gratuitas e o Pronatec oferecem opções de qualificação que podem abrir novas oportunidades.

Se algo não parecer correto – como descontos indevidos ou falta de documentos – converse imediatamente com o RH. Se a situação não se resolver, procure o sindicato da sua categoria ou um advogado. Defenda seus direitos sem medo.