Marielle Franco e sua importância para a segurança do trabalho
Quando falamos de segurança no ambiente de trabalho, muita gente pensa só em equipamentos e normas técnicas. Mas a verdade é que a proteção dos trabalhadores também tem a ver com direitos humanos, igualdade e justiça social. É aí que Marielle Franco entra na história.
Quem foi Marielle Franco?
Marielle Franco era uma vereadora do Rio de Janeiro, ativista dos direitos das mulheres negras, defensora das comunidades periféricas e especialista em políticas públicas. Ela nasceu em 1979, estudou sociologia e direito, e passou a vida lutando por quem tem pouca voz nos debates de segurança e saúde no trabalho.
Em 2018, Marielle foi brutalmente assassinada, mas sua mensagem continuou viva. Ela mostrou que a violência contra a mulher, a discriminação racial e a precarização do trabalho andam lado a lado. Seu caso virou símbolo global de resistência e de como a falta de proteção afeta quem está na linha de frente.
Como o legado de Marielle influencia a segurança do trabalho
O legado dela faz a gente repensar a prevenção de acidentes. Não basta só ter um capacete ou uma placa de sinalização; é preciso garantir que trabalhadores de todos os gêneros e etnias tenham acesso ao mesmo tratamento, ao mesmo direito de denunciar riscos.
Marielle sempre escutou a comunidade. Ela ensinou que os programas de segurança devem ser construídos junto com quem vai usar, porque quem vive o risco no dia a dia entende melhor o que falta. Essa abordagem participativa reduz acidentes e aumenta a confiança da equipe.
Além disso, a luta contra a violência de gênero também se reflete nas empresas. Ambientes onde o assédio e a discriminação são tolerados têm mais acidentes, pois o estresse e a insegurança prejudicam a atenção dos trabalhadores.
Implementar a visão de Marielle nos locais de trabalho significa criar canais de denúncia anônimos, treinar lideranças para reconhecer e agir contra situações de abuso e garantir que políticas de igualdade estejam no manual de segurança.
Se a sua empresa ainda não tem esse olhar, comece agora. Pergunte aos funcionários quais são as principais barreiras que enfrentam para trabalhar com segurança. Use essas respostas para montar um plano de ação que inclua treinamentos de sensibilidade e revisão de procedimentos.
Outro ponto importante é a representatividade nos comitês de segurança. Ter mulheres e pessoas negras nesses grupos traz novas perspectivas e ajuda a identificar riscos que antes passavam despercebidos.
Marielle também mostrou que a lei pode ser aliada forte. Leis que garantem licença maternidade, igualdade salarial e proteção contra discriminação acabam fortalecendo a cultura de segurança, porque o trabalhador sente que a empresa cuida dele em todas as áreas da vida.
Para quem busca melhorar a segurança do trabalho, vale olhar para as propostas de políticas públicas que Marielle defendia: inspeções regulares, educação continuada e acesso universal a equipamentos de proteção individual.
Em resumo, o nome de Marielle Franco vai além da política. Ele nos lembra que segurança no trabalho é também respeito à dignidade humana. Quando colocamos esse princípio na prática, os números de acidentes caem e o clima organizacional melhora.
Quer aplicar isso no seu dia a dia? Comece revisando o programa de segurança, inclua treinamentos de diversidade, abra canais de escuta e monitore os resultados. O caminho não é fácil, mas o legado de Marielle mostra que a mudança é possível quando todo mundo se une.