Como repatriar dinheiro e ativos de forma simples e segura
Se você tem dinheiro ou investimentos no exterior e quer trazer tudo de volta ao Brasil, o caminho pode parecer complicado. Mas na prática, basta entender alguns passos básicos, ficar de olho na tributação e preparar a documentação certa. Neste artigo, vamos explicar tudo que você precisa fazer para repatriar recursos sem dor de cabeça.
Por que repatriar pode ser vantajoso?
Primeiro, vale a pena saber por que vale a pena repatriar. Muitas vezes, a taxa de câmbio está favorável e você pode ganhar mais ao converter o valor. Além disso, manter dinheiro no exterior pode gerar custos de manutenção, como taxas de custódia e impostos de renda em outros países. Trazer os recursos para o Brasil permite usar o dinheiro em projetos locais, pagar dívidas ou investir em oportunidades que só existem aqui.
Passo a passo para repatriar seus recursos
1. **Verifique a origem** – Identifique de onde vem o dinheiro (conta bancária, corretora, empresa). Cada origem tem regras específicas de declaração. 2. **Consulte o banco** – Pergunte ao seu banco internacional como fazer a transferência. Eles costumam cobrar um spread, então compare duas ou três opções. 3. **Calcule os impostos** – No Brasil, a Receita Federal tributa ganhos de capital ao repatriar, mas há isenção para valores abaixo de R$ 35 mil por mês. Se o ganho for maior, a alíquota pode chegar a 15%. 4. **Faça a declaração** – Use o programa do Banco Central (RDE – Resolução de Depósito Exterior) e informe a operação no seu Imposto de Renda. 5. **Regularize a origem** – Se o dinheiro veio de venda de imóvel ou ação, tenha documentos que provem a origem lícita. Isso evita bloqueios e questionamentos futuros.
Um detalhe que muita gente esquece é o prazo de recolhimento. O imposto sobre o ganho de capital deve ser pago até o último dia útil do mês seguinte à transferência. Se você perder o prazo, vai ter que pagar multa e juros, o que pode comer boa parte do seu lucro.
Outra dica prática: se você tem um volume grande, considere dividir a repatriação em parcelas mensais. Assim, você aproveita diferentes cotações e espalha o impacto tributário. Lembre-se de registrar todas as operações em planilha; isso facilita na hora de preencher a declaração e de responder a eventuais questionamentos da Receita.
Por fim, se ainda ficar com dúvidas, vale a pena conversar com um contador especializado em tributação internacional. Ele pode analisar seu caso específico, sugerir a melhor estratégia e garantir que tudo esteja dentro da lei. Repatriar pode ser simples, basta seguir os passos certos e manter a documentação em dia.