Al-Hilal vence o Al-Riyadh na estreia e dá cartão de visita a Simone Inzaghi na Liga Saudita

ago 29, 2025

Al-Hilal vence o Al-Riyadh na estreia e dá cartão de visita a Simone Inzaghi na Liga Saudita

Al-Hilal vence o Al-Riyadh na estreia e dá cartão de visita a Simone Inzaghi na Liga Saudita

Dois passes, dois gols e um recado: Al-Hilal estreia com vitória segura

Dois passes de Salem Al-Dawsari mudaram o clima na Kingdom Arena e abriram a temporada com a cara de um time que quer mandar no campeonato. O Al-Hilal venceu o Al-Riyadh por 2 a 0 nesta sexta-feira, 29 de agosto de 2025, e deixou a torcida com a sensação de que a equipe já fala a língua do novo técnico, Simone Inzaghi.

O relógio marcava 18h50 em Riad quando a bola rolou, e o time da casa tomou o controle desde os primeiros toques. A pressão logo gerou o primeiro susto: aos 9 minutos, Darwin Núñez mandou para as redes em seu debute na liga, mas o lance foi anulado por falta na origem da jogada. Em vez de abalar, o time apertou ainda mais.

O gol veio aos 22 minutos, numa jogada simples e precisa. Al-Dawsari girou o corpo e achou um passe invertido no tempo certo para Moteb Al-Harbi, que bateu firme no canto de Milan Borjan. Frieza na definição, inteligência na assistência. Era o tipo de lance que define um jogo que estava sob controle, mas pedia capricho no último toque.

Quando parecia que o intervalo viria com vantagem mínima, o segundo golpe. No terceiro minuto dos acréscimos, Al-Dawsari, de novo ele, deu um toque sutil por cima da marcação e encontrou Malcom. O brasileiro escolheu o canto baixo esquerdo e ampliou. Dois a zero e uma mensagem clara: o time estava atento e com fome.

Entre um gol e outro, o próprio Al-Dawsari quase deixou o dele após boa troca com Malcom. Faltou apenas a finalização perfeita. Não fez falta. O meia-atacante foi eleito o melhor em campo com duas assistências, muito volume de jogo e leitura afiada dos espaços.

No segundo tempo, o cenário mudou pouco. O Al-Riyadh tentou adiantar as linhas e arriscar mais, mas esbarrou na organização defensiva do mandante. Com 59% de posse ao fim dos 90 minutos, o Al-Hilal geriu a vantagem sem drama, alternando acelerações pelos lados com posse mais cadenciada para esfriar qualquer reação.

As substituições ajudaram a manter a estrutura. Inzaghi trocou peças para reabastecer o meio e preservar intensidade na pressão pós-perda. Do outro lado, as mudanças do Al-Riyadh buscaram agressividade e fôlego novo no ataque, mas a equipe pouco criou em chances claras. Borjan ainda evitou que a vantagem ficasse maior.

O que ficou da estreia: sinais de Inzaghi, protagonistas e a rota pelo título

O que ficou da estreia: sinais de Inzaghi, protagonistas e a rota pelo título

Primeiro jogo oficial, três pontos e um desempenho sem sustos: a estreia de Simone Inzaghi não foi só “resultado”. O time mostrou um esqueleto tático claro, com ocupação racional de zonas, amplitude bem usada e homens de frente conectados. A compactação sem a bola e a paciência para atacar um bloco mais baixo saltaram aos olhos.

Al-Dawsari assumiu o papel de cérebro criativo. Ele acelerou na medida, atraiu marcação e encontrou passes verticais que quebraram linhas, como no lance do 1 a 0. Moteb Al-Harbi apareceu de surpresa no espaço deixado na cobertura, e Malcom foi cirúrgico na definição. Três peças em sintonia e um sinal de que a engrenagem ofensiva está azeitando cedo.

Darwin Núñez, mesmo sem o gol validado, deixou boas pistas do que pode oferecer: movimentos de ataque ao espaço, presença na área e opção de ruptura para esticar a defesa rival. Com minutos e entrosamento, tende a transformar jogadas disputadas em finalizações limpas.

Defensivamente, o Al-Hilal controlou profundidade e não permitiu transições perigosas. Quando errou, recuperou rápido. O Al-Riyadh tentou atacar o entrelinhas e cruzar cedo, mas não sustentou volume. Faltou conexão entre meio e ataque para incomodar de verdade.

O resultado também pesa no simbólico. Depois de ver o título escapar para o Al-Ittihad na temporada passada, começar com vitória e desempenho sólido é mais do que bom presságio; é a forma ideal de virar a página. A vantagem no confronto direto contra o Al-Riyadh aumenta e, mesmo com a tabela ainda no início, a equipe já se posiciona no pelotão da frente.

Inzaghi, por sua vez, ganha uma base para trabalhar a próxima fase: refinar bolas paradas, calibrar o timing das diagonais e ajustar a rotação entre os atacantes. Em uma liga mais intensa e com elencos reforçados, detalhes técnicos e disciplina tática fazem diferença. A sensação é de que o time entendeu a mensagem do treinador desde o primeiro apito.

Na arquibancada, a leitura foi parecida. O ambiente respondeu aos lances de conexão entre Al-Dawsari e Malcom e celebrou o retorno a uma versão mais dominante do Al-Hilal. Com a temporada apenas começando, a vitória vale mais pelo que representa: organização, repertório e confiança.

Aqui vão os lances e números que explicam a noite em Riad:

  • Gols: Moteb Al-Harbi (22’) e Malcom (45’+3’), ambos com assistência de Salem Al-Dawsari.
  • Posse de bola: 59% para o Al-Hilal, controle calmo e poucas concessões ao adversário.
  • Momento-chave: gol anulado de Darwin Núñez aos 9’ que não abalou o ritmo do time.
  • Melhor em campo: Salem Al-Dawsari, protagonista em criação e leitura de espaços.
  • Gestão do placar: substituições estratégicas no segundo tempo para preservar intensidade e segurança defensiva.

Primeira impressão vale muito numa maratona como a Saudi Pro League. O Al-Hilal começou com clareza de ideias, execução consistente e jogadores-chave afinados. É o tipo de estreia que não entrega tudo, mas já mostra onde esse time quer chegar.

8 Comentários

Gabriel Gomes
Gabriel Gomes
agosto 30, 2025

Essa vitória foi linda 😍 Al-Dawsari tá em outro nível, mano. Dois passes, dois gols, e o time inteiro parecia dançar no campo. Acho que o Inzaghi já tá no controle, só de olhar o jeito que jogaram...

Espaço Plena Saúde
Espaço Plena Saúde
agosto 31, 2025

O Al-Hilal jogou com disciplina tática, mantendo a compactação defensiva e explorando a amplitude com precisão. A transição entre posse e ataque foi exemplar, e a finalização foi eficiente. Ainda assim, o Al-Riyadh não ofereceu riscos reais.

Vilmar Dal-Bó Maccari
Vilmar Dal-Bó Maccari
setembro 1, 2025

Malcom e Al-Dawsari combinaram como se jogassem juntos há anos. O time tá com fome. Vamos ver se segura o ritmo até o fim da temporada.

Thiago Mesadri
Thiago Mesadri
setembro 1, 2025

Inzaghi tá implantando o 3-5-2 com alta pressão e transições rápidas. O Al-Hilal tá em high-line, pressionando em bloco de 40 metros. Al-Dawsari é o pivô criativo, Malcom o finalizador vertical. A defesa tá com low block só quando precisa. Tá tudo alinhado com os princípios de posse controlada e verticalidade. Essa equipe tá pronta pra brigar no topo.

Zuleika Brito
Zuleika Brito
setembro 3, 2025

A gente vê isso e lembra que futebol é também emoção 🤍 Quando o Malcom bateu no canto, eu quase chorei. É isso que a gente ama: conexão, inteligência, coragem. Acredito que esse time vai fazer história.

Rudson Martinho
Rudson Martinho
setembro 4, 2025

Vitória contra um adversário de baixo nível, com um desempenho que, embora tecnicamente satisfatório, não demonstra superioridade absoluta. O Al-Riyadh apresentou uma organização defensiva passiva e uma ausência de ameaças ofensivas. O resultado, portanto, é mais reflexo da fragilidade do oponente do que da genialidade do Al-Hilal.

Paulo Lima
Paulo Lima
setembro 5, 2025

Al-Dawsari tá no auge. O time tá com vibe boa. Se mantiver esse ritmo, a gente vê o título de novo. Sem drama, sem pressa. Só jogando.

Jéssica Magalhães
Jéssica Magalhães
setembro 6, 2025

Gol do Malcom foi lindo, mas o time não jogou tão bem assim. O adversário foi fraco, e o Al-Hilal só fez o básico.

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