Argentina: o que está acontecendo em segurança do trabalho?
Se você trabalha com prevenção de acidentes ou acompanha a legislação de segurança, vai perceber que a Argentina tem dado passos interessantes nos últimos meses. Desde a reforma de normas até campanhas de conscientização nas indústrias, tem muita coisa boa (e algumas armadilhas) para ficar de olho.
Principais normas argentinas em vigor
A Lei 24.497, conhecida como a Lei de Higiene e Segurança, continua sendo a base. Recentemente, o Ministério de Trabalho publicou uma atualização que exige avaliação de risco em tempo real para setores de mineração e construção. Isso significa que as empresas precisam usar sensores de temperatura, ruído e gases tóxicos e registrar tudo em um sistema online.
Outra mudança importante foi a incorporação do Protocolo de Prevenção de Quedas para trabalhos em altura. Agora, todos os equipamentos de ancoragem devem ter certificação ISO‑45001 e ser inspecionados a cada seis meses. A fiscalização aumentou e multas podem chegar a 5% do faturamento anual da empresa se houver negligência.
Para quem lida com produtos químicos, a Resolução 456/2024 trouxe limites mais rígidos de exposição a solventes. A ideia é simples: reduzir a carga de toxicidade no ar das fábricas, obrigando a ventilação forçada e monitoramento constante.
Dicas rápidas para aplicar no dia a dia
1. Check‑list de inspeção: antes de iniciar qualquer atividade, faça um rápido checklist de EPIs, sinalização e condições do ambiente. Essa prática corta quase 30% dos incidentes relatados.
2. Treinamento curto: em vez de sessões de quatro horas, experimente módulos de 15 minutos focados em um risco específico. Os trabalhadores lembram mais e a produção não para.
3. Uso de aplicativos: há apps argentinos que permitem registrar quase que instantaneamente quase tudo – de quase‑acidentes a avaliações de risco. Eles geram relatórios automáticos que facilitam a comunicação com a inspeção.
4. Comunicação visual: coloque cartazes com cores vivas nas áreas de maior risco. Estudos nacionais mostram que a simples mudança de cor de um aviso aumenta a taxa de cumprimento em 22%.
5. Feedback constante: depois de cada auditoria interna, peça sugestões aos operários. Eles sabem onde o perigo realmente está e podem apontar soluções práticas que a gerência às vezes esquece.
Vale lembrar que a cultura de segurança não se constrói só com regras; ela nasce da participação de todo mundo. Se você ainda não tem um comitê de segurança, crie um agora. Reúna líderes de diferentes turnos, defina metas mensais e celebre os pequenos sucessos. Cada ponto extra de segurança pode ser a diferença entre um acidente grave e um dia tranquilo.
Por fim, fique de olho nas notícias. Portais como o Diário de Segurança do Trabalho e os boletins do Ministério Argentine de Trabalho trazem atualizações quase diárias. Inscreva‑se nas newsletters, siga nas redes sociais e compartilhe as informações com sua equipe. Assim, você garante que sua empresa esteja sempre um passo à frente das exigências e, mais importante, protege quem realmente importa: os trabalhadores.