Vasco x Atlético-MG termina 1 a 1 com gol relâmpago e pênalti de Vegetti no Brasileirão 2025

Gol relâmpago, VAR e empate amargo em São Januário
O relógio mal tinha começado a girar quando o silêncio tomou conta de São Januário: aos 38 segundos, Gabriel Menino acertou um chute seco da intermediária e abriu o placar para o Atlético-MG, no que já é o gol mais rápido do Brasileirão 2025. No duelo Vasco x Atlético-MG, o meio-campista, em seu primeiro gol com a camisa alvinegra, aproveitou a marcação frouxa na entrada da área e carimbou a rede. Um golpe frio para o mandante logo na largada.
O cenário pedia resposta rápida, e o Vasco encontrou um caminho pela insistência de Philippe Coutinho entre linhas. Em uma infiltração, ele foi derrubado por Tomás Cuello dentro da área. O árbitro mandou seguir, mas o VAR chamou à revisão no monitor. Depois da checagem, pênalti marcado. Germán Vegetti, veterano de personalidade, bateu firme e empatou ainda no primeiro tempo, devolvendo o jogo ao ponto de equilíbrio.
Com o placar igualado, o ritmo seguiu alto. O Galo quase retomou a frente aos 22 minutos: Rony recebeu de Cuello, entrou na área e bateu cruzado, e o goleiro Jardim espalmou no reflexo. O Vasco respondeu em jogada aérea: cruzamento de Pumita e cabeçada de Rayan por cima, em lance que incendiou a arquibancada. Era um jogo de duelos físicos, pressão na saída de bola e alternância de momentos de controle.

Intensidade no 2º tempo e chances perdidas
Na volta do intervalo, o Vasco empilhou escanteios e quase virou. Após cobrança curta, a bola sobrou para Lyanco, que pegou de primeira e mandou por cima, tirando tinta do travessão. O Atlético tentou esfriar o ímpeto com posse mais paciente, aproximando os meias para tirar espaços entre as linhas vascaínas.
O erro que poderia ter decidido o jogo veio de uma falha na saída de bola do Galo. Gustavo Scarpa se atrapalhou na distribuição, Coutinho ficou com a sobra e bateu de frente para o gol. Everson, bem posicionado, fez a defesa mais importante da tarde para manter o 1 a 1. Do outro lado, quando o cansaço pesava, Rony acelerou em transição, cruzou rasteiro, e Biel apareceu livre, mas finalizou para fora. A oportunidade era clara.
No miolo do campo, Gabriel Menino manteve a intensidade, alternando coberturas e chegadas à frente, enquanto o Vasco buscou amplitude com Pumita e Rayan para abrir brechas por fora. Vegetti travou batalhas com os zagueiros, segurando a bola de costas e atraindo faltas. O Galo respondeu com triangulações curtas para tentar encontrar Scarpa entre linhas, mas esbarrou em cortes de Lyanco e na boa proteção do goleiro Jardim.
Nos minutos finais, nenhuma das duas equipes acomodou o empate. O Vasco tentou acelerar com Coutinho na condução e bola longa para Rayan atacar as costas da defesa. O Atlético-MG seguiu apostando no corredor de Rony e nas infiltrações tardias de Biel. Faltou capricho no último passe para transformar volume em gol.
- 0:38 do 1º tempo — Gabriel Menino abre o placar com chute da intermediária.
- Meados do 1º tempo — VAR chama o árbitro; pênalti em Coutinho é confirmado, e Vegetti empata.
- 22' do 1º tempo — Rony para em defesa de Jardim.
- Início do 2º tempo — Lyanco finaliza por cima após escanteio.
- 2º tempo — Erro de saída de Scarpa deixa Coutinho na cara do gol; Everson salva.
- Fim do jogo — Rony cruza rasteiro e Biel perde grande chance.
O empate deixa um gosto agridoce para os dois lados. O Vasco chega a 17 pontos em 17 partidas e segue na zona de rebaixamento, agora com cinco jogos sem vencer — três empates nessa sequência. O time de Fernando Diniz mostrou competitividade, criou, pressionou, mas ainda sofre para transformar as chances em vitória, especialmente em casa.
O Atlético-MG, por sua vez, atinge 24 pontos e permanece no meio da tabela, em 11º. O desempenho fora de casa foi sólido em boa parte do jogo, com organização e resistência ao momento de maior pressão vascaína, mas a equipe segue devendo em efetividade para se aproximar do G-6, a faixa que garante vagas em competições continentais.
No plano individual, os holofotes recaem sobre Gabriel Menino, decisivo no lance do gol-relâmpago e participativo na recomposição. Everson foi seguro debaixo das traves e evitou a virada. No Vasco, Coutinho foi o termômetro: sofreu o pênalti, apareceu entre as linhas e quase marcou. Vegetti manteve o faro e a frieza na marca da cal, enquanto Lyanco liderou o setor defensivo com cortes precisos.
A arbitragem viveu seu momento-chave no pênalti em Coutinho. A checagem do VAR corrigiu a decisão de campo e recolocou o Vasco no jogo. O protocolo foi seguido, e o tempo de revisão, embora tenha esfriado o ambiente, trouxe a marcação acertada para um lance de contato dentro da área.
O calendário não dá respiro. No próximo domingo, às 16h, o Vasco visita o Santos no Morumbis, precisando somar pontos para sair do Z-4. No mesmo horário, o Atlético-MG recebe o Grêmio na Arena MRV, mirando uma arrancada rumo às primeiras posições. No horizonte, existe a possibilidade de um reencontro precoce entre os dois na Copa do Brasil, dependendo do sorteio dos confrontos das quartas de final, marcado para terça-feira na sede da CBF.
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